NESTOR: TUDO SOBRE A QUESTÃO JUDICIAL COM A RODOBUS
Pauta do jornal O REDATOR
Em
sua página no Facebook, o Prefeito Nestor Vidal publicou um histórico
detalhado e criterioso sobre todo o processo envolvendo a Prefeitura e a
empresa de ônibus Rodobus, que recentemente voltou a operar nas linhas
do Município de Magé. Nestor, que não se conforma com a volta da
empresaa, embora desta vez a justiça não tenha determinado a retirada da
TREL, explica ao povo mageense todos os passos da municipalidade para
que o povo mageense tenha um transporte digno, o que significa a não
existência da Rodobus, e se resolva de uma vez essa questão. Mas a
justiça tem seus mistérios, assim como a política. Abaixo, o relato
publicado por Nestor Vidal, que sempre faz questão de manter a população
informada sobre tudo:
Mageenses,
para ciência dos fatos, compartilho com vocês o texto de esclarecimento
do Procurador do Município de Magé, Dr. ALEX K. BEZERRA PORTO FARIAS,
sobre o problema envolvendo a empresa de ônibus em nosso município.
Segue o texto na íntegra...
“Prezados (a) Colegas de equipe,
Pelo presente, gostaria de atualizá-los acerca da questão da Alfa Rodobus:
1 - O Prefeito atendendo forte clamor popular, determinou ano passado
que fosse criada uma Comissão Especial para verificar as inúmeras
irregularidades que eram imputadas a empresa referenciada, tudo em
conformidade com o Termo de Permissão firmado com o Município em 2009,
essa Comissão teve acesso a farto material produzido por uma averiguação
feita pela adminstração anterior além de inúmeros ofícios do Ministério
Público, Assembléia Legislativa, e de cidadãos reclamando da péssima
qualidade dos serviços da empresa. Foi aberto um processo
administrativo, onde a empresa foi intimada a se defender, após
apresentar defesa escrita, a mesma foi submetida a PGM que exarou
Parecer e encaminho ao Senhor Prefeito, que acatou a decisão da Comissão
e Parecer da PGM e Cancelou o Termo de Permissão;
2 - Após
ciência do Cancelamento do Contrato e de sua susbtituição pela Trel, a
empresa ingressou com uma Ação na Justiça, nesta recebeu parecer
contrário do Ministério Público, decidiu então desistir dessa Ação;
3 - Em dezembro a empresa ingressou com nova ação judicial, nessa
funcionou outro membro do Ministério Público, que deu Parecer no
sentindo de exaltar que a empresa sofreu cercemaneto de defesa.O Juiz
susbtituto da época concedeu uma Antecipação de Tutela e mandou a
empresa retornar, nesse contexto, a fim de proteger a integridade da
população foi feita uma ação conjunta das Secretarias de Segurança e
Tranportes, que resultou na apreensão de inúmeros veículos que
trafegavam com diversas irregularidades. O Juiz se sentiu contrariado e
tomou a absurda decisão de prender o Prefeito;
4 - O Município
ingressou com um Agravo de Instrumento no Tribunal de Justiça, obtendo
Liminar que suspendeu toda a decisão do Juiz, essa decisão ficou
vigorando por aproximadamente 60 (sessenta) dias, quando o Desembargador
Relator julgou monocraticamente o processo, dado parcial provimento
para revogar de forma definitiva a prisaõ do Prefeito, dessa decisão
ingressamos com o Recurso de Embargo de Declaração, que suspendeu a
decisão do relator;
5 - Com a Decisão do Relator, a Alfa
Rodobus peticionou ao Juiz de Magé requerendo seu retorno as atividades o
que foi deferido pelo Juiz. Em razão dessa decisão peticionamos ao Juiz
requerendo que a decisão fosse reconsiderada pois havia pendência de
Julgamento no Tribunal (embargos de declaração) o Juiz acatou e
suspendeu o retorno da empresa;
6 - Já no mes de maio em razão
da instabilidade da situação e tendo o Município feito uma nova
licitação na modalidade de Concorrência Pública, despachei com o Juiz de
Magé, no sentido de que o processo pudesse ser julgado pois a rigor não
haveria mais provas a produzir, neste despacho, inclusive o Juiz chegou
a me confirmar que havia feito uma enquete com seus funcionários e
constatou que os serviços da Alfa Rodobus eram muitos ruins. Mandou o
processo para o Ministério Público para Parecer Final - regsitre-se foi o
mesmo que deu o Parecer inicial nesse segundo Processo - De posse do
Parecer do MP o Juiz tirou férias em 31.05.12 e levou o processo para
dar sentença nas férias, me informou que mandaria o processo em 15
(quinze) dias ou devolveria quando retornasse para a Vara em 2/07/12;
7 - Em 02.07.12 para minha mais absoluta surpressa, fui informado no
Cartório que o Juiz que estava com o processo não voltaria mais para
Magé pois fora transferido para uma Vara Criminal em Belford Roxo,
apesar de todos os meus anos de profissão não consigo me acostumar com o
funionamento da Justiça. Em 03.07.12 terça-feira fiz contato telefônico
com o Juiz que estava com o processo e o mesmo informou que estaria
mandando seu motorista levar o processo no dia seguinte a Magé, não iria
mandar por malote pq demoraria. Pelo que tinha conversado com esse Juiz
por 3 ou 4 vezes e tb a Dra. Cristina tinhamos a nítida impressão que o
julgamento seria favorável ao Munícipio, porém para nossa supressa não
foi, o Juiz acatou o Parecer do Ministério Público entendendo que o
Município não propiciou a Alfa Rodobus o " amplo direito de defesa";
8 - Pois bem, quando a Justiça começa mal, pode ficar pior. O Juiz deu a
sentença e foi transferido, julgou dando provimento e Anulando o Ato
Administrativo que Cancelou o Termo de Permissão, contudo, apesar de
fazer menção a Antecipação de Tutela concedida no começo do Processo,
não está inserido em lugar nenhuma da sentença que o Município não possa
ter outra ou até outras empresas prestando serviços na áre de
transportes coletivos. Sem conhecimento da sentença a empresa por conta
própria interpretou um Recurso que está pendente de julgamento no
Tribunal - esse Recurso está suspenso pelo pedido de vista de um dos
Desembargadores - mandou um ofício ao Comandante do Batalhão e Notificou
o Município que passaria a rodar a partir de 00:00 hora do dia 04/07,
sendo assim ficaram rodando 2 (duas) empresas, a AlfaRodobus e a
Iluminada essa vencedora da Concorrência Pública;
9 - Na
quinta-feira, já ciente da sentença, sendo que a mesma sequer tinha sido
publicada a Alfa Rodobus pegou o processo em Magé e com um funcionário
do cartório foi até Duque de Caxias despachar um simples requerimento
com o Juiz, esse é o 3º que decide nesse processo, sem obedecer a ordem
processual esse Juiz mandou expedir ofícios que extrapolam a coisa
julgada na sentença, ou seja, após a Sentença ele tomou providências
antes mesmo da publicação da sentença e da fruição do prazo de Recurso,
fomos - Dr. Vanderson - a Duque de Caxias tentar consertar esse
desastre, porém o Juiz às 16:50 tinha ido embora, apesar de ter recebido
uma ligação para retornar e consertar sua prodigiosa decisão, não
retornou.
10 - Pois bem, na primeira hora de segunda feira
estaremos em Duque de Caxias com o processo e ingressando com Embargos
de Declaração para que o Juiz reconsidere e torne sem efeito os ofícios
expedidos. Vamos também fazer uma representação no Conselho da
Magistratura para apurar falha funcional do mesmo. Naturalmente, caberá a
empresa que venceu a Concorrência Pública ingressar com um Mandado de
Segurança para manter suas atividades no Município de Magé;
11 -
Após o julgamento dos Embargos de Declaração o Prefeito determinou a
Procuradoria que faça um contundente Recurso de Apelação no Tribunal de
Justiça;
12 - Independente da questão judicial, o Prefeito está
nomeando mais uma vez uma Comissão Especial para levantar de forma
pormenorizada as atividades e a efetiva prestação de serviços da Alfa
Rodobus, acredito que em até 60 (sessenta) dias esse trabalho esteja
concluído.
Esse é um pequeno relato de como as coisas estão sendo conduzidas.
Abraços a todos.
ALEX K.BEZERRA PORTO FARIAS
Procurador Geral do Município”
Um abraço,
Nestor Vidal
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